Conforme informa o relatório: "O levantamento de auditoria realizado teve por objetivo realizar um diagnóstico do estado atual das ações conduzidas pela administração pública federal visando adaptar as zonas costeiras brasileiras aos impactos que possivelmente advirão das mudanças climáticas globais, e propor, se for o caso, atuação do TCU em questões específicas que forem identificadas como relevantes. Com foco nas ações destinadas a áreas de zonas costeiras, este trabalho abordou questões relacionadas com a identificação de vulnerabilidades e riscos nas zonas costeiras brasileiras, com a formulação de respostas governamentais aos cenários projetados e com a estruturação da administração pública federal para implementação das políticas públicas destinadas à área".
Os principais pontos destacados pela auditoria são:
- Não existe um estudo da vulnerabilidade da costa brasileira frente aos impactos decorrentes das mudanças climáticas em escala nacional.
- Os dados disponíveis no país são insuficientes para a construção de cenários de impactos nas zonas costeiras decorrentes das mudanças climáticas.
- O governo Federal não avaliou os impactos e riscos das mudanças climáticas nas zonas costeiras nos diferentes cenários.
- O plano nacional de mudanças climáticas não estabelece ações e metas para a implementação de políticas públicas voltadas à adaptação de zonas costeiras.
- As ações nos diversos setores que podem ser afetados pelos impactos das mudanças climáticas nas zonas costeiras são incipientes.
Salvador - uma das maiores cidades do Brasil, ainda não dispõe de uma
mapeamento das vulnerabilidades
Acho que no Estado da Bahia já existe massa crítica, não só de profissionais e pesquisadores, como também de dados, para realizar este tipo de estudo (veja outras postagens neste blog). Da minha parte acho esta iniciativa do TCU bastante louvável, porém não posso deixar de lembrar que, por exemplo, quando vou a campo coletar amostras que necessitam ser resfriadas no gêlo, para comprar um saco de gelo é preciso fazer três cotações!!!!!
Não consegui encontrar o relatório no portal do TCU, parece que ainda não está lá. Use este link para baixar uma cópia.
a burocrácia sempre é um empecilho ao desenvolvimento de pesquisas, apesar de existir para evitar fraudes e crimes de peculato, mas acaba dificultando e muito a ciência, torna-se algo intransponível.
ResponderExcluirPrezado Landim. Concordo plenamente com voce. Acrescento ainda que outros Estados brasileiros tem condicoes também de apresentar estudos desta natureza. Basta que os órgaos de fomento, os governos locais "abram alas" para esta questão. Hoje temos muitas instituições do Brasil se equipando com instumentos geofísicos apropriados para esses tipos de levantamentos o que permitiria o desenvolvimento de estudos bem interessantes. Qto à burocrarcia brasileira... é uma vergonha. Se eu tivesse algum cargo no legislativo certamente já teria proposto uma alternativa inteligente para a estúpida lei 8666.
ResponderExcluirAinda que com certo atraso é salutar ver que existem orgãos do governo como o TCU que não estão com os olhos vendados para os problemas inevitáveis das mudanças climáticas globais. A Inglaterra em 2006 após a pior enchente dos últimos 60 anos resolveu criar uma secretária estratégica para cuidar dos problemas gerados pelas mudanças climáticas. Enquanto isto no Brasil existem cálculos que indicam que cada brasileiro irá perder entre R$ 534-1.600 por ano a partir de 2050, decorrente das alterações climáticas. Se não bastasse os altos tributos cobrado pelo governo ainda temos que conviver com mais esta!!!
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